Descripción
O presente trabalho tem como objetivo analisar o impacto de uma melhora na distribuição de renda no consumo de energia do Brasil, a partir de técnicas de decomposição estrutural. Para isso, são construídas matrizes insumo-produto (MIPs) híbridas, que associam a evolução das contas nacionais com a matriz energética nacional. O consumo das famílias é desagregado em dez classes de renda. Os resultados mostram que a melhoria na distribuição de renda refletiu no aumento do consumo de energia, que foi atenuado pelo processo de desindustrialização do país. Por outro lado, não houve ganhos de eficiência energética nos processos produtivos. Tais resultados são importantes para a construção de cenários de demanda de energia e de emissões de gases de efeito estufa para atingir as metas brasileiras compatíveis com o desenvolvimento sustentável.