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Análise territorial dos serviços no Brasil: polarização com frágil dispersão

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Análise territorial dos serviços no Brasil: polarização com frágil dispersão

Autor institucional: NU. CEPAL. Oficina de Brasilia Descripción física: 27 páginas. Editorial: CEPAL Fecha: agosto 2006 Signatura: LC/BRS/R.174

Descripción

Esse estudo é uma tentativa de fazer uma cobertura mais ampla e detalhada e em escala municipal. O objetivo é analisar o setor serviços articulando-o com a base produtiva e urbana municipal. O espaço analítico são todos os municípios cobertos pela Pesquisa anual de Serviços (PAS-2000). Do ponto de vista teórico e factual, a proeminência do setor de serviços tem sido estudada desde o final dos anos 60 (Fuchs, 1968). Entretanto, as teorias para o entendimento do crescimento dos serviços, ou para a relação entre serviços e desenvolvimento econômico, ainda deixam espaço para muitas questões (Daniels, 1993). O crescimento da participação dos serviços no PIB pode ser uma combinação de fatores de demanda e oferta. Dunning (1989) resume estes fatores em seis tendências: crescimento da demanda por serviços de consumo seguindo o crescimento da renda per capita; crescimento da importância dos insumos de serviços na produção de bens e serviços; relevância das atividades de propaganda, marketing e distribuição dos produtos das empresas; demandas especializadas e sofisticadas por produtos financeiros, seguros, legais e de entretenimento; habilidade crescente das firmas de serviços na criação de novos produtos e novos mercados, especialmente nas atividades de serviços financeiros; tendência à terceirização das atividades de serviços das firmas industriais e de serviços. O papel dos serviços no processo de desenvolvimento regional está ligado às características de localização e aglomeração dessa atividade. À localização essencialmente urbana dessas atividades soma-se seu papel como potencializador do impacto sobre os pólos de crescimento. O estudo mostra uma regionalização econômica distinta da divisão política: dentre os 26 estados existiriam apenas 11 microrregiões, que seriam: Porto Alegre; Curitiba; São Paulo; Belo Horizonte; Rio de Janeiro; Salvador; Recife; Fortaleza; Belém; Manaus; BrasíÍia-Goiânia. Este estudo avaliou as articulações das aglomerações de empresas de serviços com as estruturas produtivas municipais e os atributos da firma, destacando os seguintes resultados que podem subsidiar políticas públicas para o setor: (1) As maiores aglomerações de empresas de serviços estão em 19 regiões metropolitanas; 17 delas são capitais estaduais; (2) Os 134 municípios responsáveis por 90% da massa salarial do setor serviços possuem uma base industrial significativamente menor: apenas 65% do valor da transformação industrial (VTI), 62% da renda nacional e 42% da população. Isso significa que, dentre os setores de atividade, os serviços são os mais concentrados espacialmente; (3) A principal desconcentração metropolitana nos serviços parece ocorrer no estado de São Paulo, onde também se encontra a maior aglomeração de serviços. (4) O interior de São Paulo é a maior área de desconcentração de serviços do Brasil e, talvez, a única capaz de rivalizar com sua capital estadual.