Pular para o conteúdo principal
Available in EnglishEspañolPortuguês

O comércio intrarregional centro-americano segue mostrando uma dinâmica positiva

2 de dezembro de 2014|Notícias

Um recente estudo da Sede Sub-Regional da CEPAL no México faz uma análise da evolução econômica e social da sub-região centro-americana, em especial dos indicadores de comércio e competitividade.

foto_mexico_675.jpg

Foto de una fábrica
Foto: EFE/Mario López

O comércio intrarregional na América Central segue mostrando grande dinamismo, embora cresça a um ritmo menor que o observado antes da crise mundial de 2008, segundo um recente estudo publicado pela Sede Sub-Regional da CEPAL no México.

O documento O comércio de bens e serviços na América Central, 2014 faz uma análise da evolução econômica-social da sub-região centro-americana, em especial da Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá, enfatizando os indicadores de comércio e competitividade. Com o uso de ferramentais de análise de competitividade identificam-se os mercados, produtos e serviços com maior potencialidade na sub-região.

Com exceção da Guatemala e Nicarágua, o dinamismo do comércio intrarregional da América Central tem sido maior que o das exportações extrarregionais. A Guatemala é o maior exportador intrarregional, com 30,5% do total das exportações, seguida de El Salvador (23,8%), Costa Rica (23,6%), Panamá (8,5%), Honduras (8,4%) e Nicarágua (5,2%).

 

América Central: evolução das exportações intrarregionais, 1990-2013

(Em milhões de dólares)

 

Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) com base em informação do Sistema de Estatísticas de Comércio da América Central da Secretaria de Integração Econômica Centro-Americana (SIECA).

 

O estudo sublinha que a região centro-americana continua sendo heterogênea e persistem diferenças nos níveis de desenvolvimento dos países. Costa Rica e Panamá destacam-se por seus resultados econômicos e sociais, enquanto Honduras e Nicarágua estão atrasadas em relação ao resto da sub-região. As diferenças ocorrem tanto na renda como em educação e saúde, onde a Costa Rica se destaca com indicadores positivos e também no valor agregado de suas exportações.

Em matéria de comércio exterior, o relatório da CEPAL mostra que no último ano houve uma contração nas exportações de bens dos países centro-americanos, embora não em suas vendas de serviços. De fato, nos últimos dez anos as exportações de serviços tiveram uma expansão média anual de 10,1%, o que demonstra que as economias centro-americanas estão se concentrando cada vez mais nesta área, em especial as da Costa Rica e Panamá.

No período 2009-2013, o crescimento das exportações de serviços foi constante, destacando-se o desempenho de El Salvador nesta área. Contudo, os principais produtos de exportação da sub-região para o mundo continuam sendo bens primários ou baseados em recursos naturais, embora no mercado intrarregional os principais produtos exportados tenham maior valor agregado.

O estudo mostra que a competitividade exportadora dos países centro-americanos foi positiva em termos gerais no período 2009-2013, com exceção da Guatemala, que mostrou diminuição na demanda de produtos como a prata, o café e os têxteis. O melhor desempenho competitivo exportador foi o da Nicarágua, com produtos como os cabos para velas e as camisas e blusas para mulheres.

No mercado intrarregional a competitividade exportadora dos produtos também mostra tendências positivas, tanto em produtos com maior valor agregado como em bens primários. Isto constata o potencial deste mercado para o desenvolvimento da capacidade exportadora dos países centro-americanos.