News
Embora existam múltiplas iniciativas de integração de infraestruturas na América Latina e no Caribe, é preciso aprofundar as ações de modo a promover uma visão única regional para enfrentar os desafios do desenvolvimento nesta área.
De acordo com pesquisas da CEPAL, os investimentos em infraestrutura ainda são insuficientes para atender as necessidades e demandas da economia e seria necessária uma contribuição anual de 6,2% do produto interno bruto (PIB) até 2020 para saldar esta dívida.
Nas reuniões do Conselho de Diretores de Estradas da Ibero-América (DIRCAIBEA) e da Associação Mundial de Estradas (AIPCR/PIARC), realizadas na sede da CEPAL em Santiago, Chile, de 27 a 30 de outubro de 2014, peritos desta comissão regional das Nações Unidas ressaltaram que é preciso não só fortalecer os investimentos nacionais, mas também fomentar a interconexão e especialização de algumas infraestruturas econômicas (especialmente as de transporte, energia e telecomunicações) para atender ao mercado regional.
Isto permitiria resolver de melhor forma o déficit de infraestrutura, promover uma maior equidade social e diminuir as assimetrias entre países, segundo a CEPAL.
Dados recentes mostram que no período 2007-2012 a rede rodoviária primaria cresceu 8% na região (países que compõem a CELAC) e registrou variações positivas em todas as sub-regiões (veja o gráfico). Esta maior conectividade permite um melhor acesso ao mercado do trabalho e serviços básicos de saúde e educação para toda a população.
Contudo, a CEPAL destaca a necessidade de articular normas e políticas no âmbito regional para aproveitar plenamente os benefícios da integração e com isso fomentar um desenvolvimento econômico e social sustentável, inclusivo e equitativo para toda a região.
Para tanto, a Divisão de Recursos Naturais e Infraestrutura deste organismo, em conjunto com outras instancias da CEPAL, está trabalhando em diversas iniciativas relacionadas com as políticas nacionais de logística e mobilidade em vários países, entre eles Nicarágua, El Salvador e Honduras, bem como assessorando entidades como a Secretaria de Integração Econômica Centro-Americana (SIECA), o Projeto Mesoamérica, a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), com o fim de promover uma estratégia básica de integração regional.