Descrição
"O presente artigo não pretende dar conta das transformações estruturais pelas quais tem passado o capitalismo contemporâneo, nem de analisar a crise e os desdobramentos verificados em nível das grandes empresas e as repercussões sobre suas relações com as de pequeno porte. De fato, notícias e tendências como as pontuadas acima só fazem reforçar a ideia de que o capitalismo industrial contém uma plasticidade que lhe confere uma capacidade inimaginável de adaptação diante de processos de transformação econômico e institucional. Como se sabe, economistas como J. Schumpeter, A. Chandler e J. K. Galbraith não foram poupados das contrariações aplicadas pelas metamorfoses do capitalismo, ao preverem o definhamento das pequenas empresas em benefício das grandes corporações. Desde suas previsões, as grandes empresas avançaram, recuaram e se relançaram, adaptando-se e conservando sua importância no complexo jogo do mercado, executando movimentos pendulares nos quais produziram a impressão de que ora perde espaço ora ganha terreno, em relação às pequenas empresas. De fato, grandes e pequenas empresas fazem parte do mesmo cenário, ainda que afetadas pelas estruturas concorrenciais."