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A CEPAL contribui para o conhecimento sobre a mudança climática na região

1 de setembro de 2014|Notícias

Há mais de uma década o organismo estuda os efeitos desse fenômeno nos países da América Latina e do Caribe, especialmente sua dimensão econômica.

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Foto: Wu Hong/EFE

Várias linhas de investigação em torno da mudança climática foram desenvolvidas há mais de uma década pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Entre elas, destaca-se o estudo dos impactos econômicos e socioeconômicos desse fenômeno e seus efeitos sobre o litoral da região.

"A CEPAL está trabalhando de maneira aprofundada no tema da mudança climática e também em sua correlação com setores estratégicos da economia da região. A mudança climática às vezes nos parece distante, mas já estamos vendo efeitos diretos em muitos países", disse recentemente Alicia Bárcena, Secretária Executiva desse organismo das Nações Unidas.

Em 23 de setembro será realizada em Nova York, Estados Unidos, a chamada Cúpula sobre o Clima, convocada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, na qual se espera que os líderes mundiais anunciem ações concretas para reduzir as emissões poluentes e fortalecer a resiliência climática dos países.

Também se procura mobilizar esforços políticos para obter um acordo vinculante durante a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 21), que acontecerá em Paris, França, em 2015. Esse acordo poderia começar a ser gerado de 1º a 12 de dezembro deste ano na COP 20 que será realizada em Lima, Peru. 

Até agora a CEPAL produziu ou apoiou tecnicamente uma dezena de relatórios sobre a economia da mudança climática como parte de um projeto regional que busca promover o desenvolvimento de políticas de mitigação e adaptação a esse fenômeno. Os relatórios foram coordenados pela Divisão de Desenvolvimento Sustentável e Assentamentos Humanos.

Destacam-se os estudos da ArgentinaChileColômbiaEquadorMéxico e Uruguai, além de relatórios regionais e sub-regionais (América Central e Caribe). Em julho foi lançado o da Bolívia; os do Paraguai e Peru estão programados para os próximos meses.

Paralelamente, a CEPAL incorporou novas variáveis de análise graças ao Programa EUROCLIMA          (financiado pela União Europeia), examinando os efeitos da mudança climática e as medidas para enfrentar em matéria de emprego, distribuição da renda e pobreza, entre outros aspectos socioeconômicos.

Outra linha de pesquisa desenvolvida pelo organismo tem a ver com a vulnerabilidade da zona costeira da região. O Estudo regional dos efeitos da mudança climática na costa da América Latina e do Caribe já soma seis publicações e um visor de resultados na internet. De igual forma, a CEPAL produziu diversos relatórios sobre aresposta das cidades à mudança climática.

Finalmente, a CEPAL, através da Divisão de Comércio Internacional e Integração, desde 2012 executa um projeto sobre pegada de carbono e exportações; um de seus objetivos é melhorar a capacidade dos setores exportadores de alimentos da América Latina e do Caribe para antecipar requisitos futuros que podem estabelecer os países desenvolvidos em relação às emissões de gases de efeito estufa (GEE) associadas aos processos de produção.