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(16 de outubro de 2012) A Secretária-Executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, acompanhada dos Diretores do organismo Osvaldo Rosales e Raúl García-Buchaca, reuniu-se com altas autoridades da República Popular da China, no marco da primeira visita da alta funcionária do organismo das Nações Unidas ao gigante asiático.
Bárcena manteve encontros em Beijing com o Vice-Primeiro-Ministro Hui Liangyu e com o Ministro das Relações Exteriores, Yang Jiechi.
O Vice-Primeiro-Ministro Hui afirmou que a China valoriza muito sua relação com a CEPAL e anunciou que seu governo melhorará os contatos com o organismo para fomentar a cooperação com a América Latina e o Caribe. Hui reconheceu o papel que desempenha a CEPAL nesta área e indicou que ambas as regiões têm hoje um grande potencial para reforçar seus vínculos.
O alto funcionário chinês explicou também o momento atual e as perspectivas da economia de seu país. Reforçou que os importantes êxitos nos últimos 34 anos não os fazem perder de vista a importante batalha contra a desigualdade em que estão empenhados. Daí a ênfase em reduzir os desequilíbrios campo-cidade, reduzir o déficit na infraestrutura rural e avançar na inovação e na tecnologia.
O Vice-Primeiro-Ministro declarou que os programas de combate à pobreza na China estão sob sua responsabilidade, e que segue com interesse nos trabalhos da CEPAL sobre o tema.
Alicia Bárcena aproveitou a oportunidade para destacar as linhas básicas da mensagem da CEPAL, reforçando que é importante igualar para crescer, mas também crescer para igualar, já que tal como indica a atual crise internacional nas economias industrializadas, a desigualdade converte-se em um obstáculo para o crescimento e para o desenvolvimento.
A Secretária-Executiva da CEPAL reconheceu, também, que a cooperação bilateral será significativa na medida em que a China tenha se transformado em uma importante potência mundial e a América Latina em um continente emergente. "Ambas as economias são muito complementares", afirmou. "Nós seguiremos contribuindo para fortalecer a cooperação entre a China e a América Latina e o Caribe", acrescentou.
Segundo estatísticas da CEPAL, a participação da América Latina e do Caribe no comércio com a China tem crescido, chegando a representar em 2011, 6% das exportações chinesas e 7% de suas importações. As projeções do organismo até 2020 sugerem que a China seguirá aumentando de forma notória sua posição relativa como sócio comercial da América Latina.
Em uma reunião prévia com o Chanceler Yang Jiechi, Bárcena analisou as relações econômicas e comerciais entre a China e a América Latina e o Caribe. O Chanceler reconheceu o papel da CEPAL em acompanhar e examinar, de forma profunda, as relações entre ambas as partes e acrescentou que esta Comissão Regional das Nações Unidas é um referencial muito importante para esse trabalho.
O ministro chinês explicou, também, a reorientação do modelo econômico de seu país para um maior apoio ao mercado interno, em um processo marcado por quatro características: industrialização, urbanização, informatização e modernização da agricultura.
Ressaltou, também, o profundo compromisso de seu governo com o reforço para a cooperação com a América Latina e o Caribe e assinalou que já está trabalhando em regulamentos que permitam por em prática as propostas consideradas pelo Primeiro-Ministro Wen Jiabao, em sua recente visita à CEPAL.
Bárcena, por sua vez, comentou com o Chanceler como a CEPAL vem colaborando com a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) e com os governos da região nesta mesma orientação. Finalmente, ambos repassaram as áreas onde é possível avançar em temas de comércio, investimento e cooperação.
A Secretária-Executiva da CEPAL participou, na segunda-feira, no Seminário Internacional Desenvolvimento Econômico: Novas oportunidades para a China, para a América Latina e para o Caribe, organizado pelo Instituto da América Latina da Academia de Ciências Sociais da China.
A funcionária das Nações Unidas manteve, também, encontros com outros centros de pensamento do país asiático, como a Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento da China (China Development Research Foundation), com o Instituto de Relações Contemporâneas da China (China Institutes of Contemporary Relations) e com o Programa Sino-Alemão de Economia e Reforma Estrutural da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ). Reuniu-se, também, com o Vice-reitor da Universidade de Beijing, assim como com autoridades do Ministério do Comércio.
A partir de quarta-feira, 17 de outubro, Bárcena participará da Sexta Cúpula Econômica China-América Latina e Caribe, que será realizada na cidade de Hangzhuo.
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