Comunicado de imprensa
O Escritório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em Buenos Aires celebrou nos dias 24 e 25 de abril um Seminário-workshop sobre estrutura produtiva, instituições e dinâmica econômica que contou com a presença do Secretário Executivo Adjunto deste organismo, Antonio Prado.
Ao encontro assistiram também o Diretor do Escritório em Buenos Aires, Martín Abeles, e diversos funcionários da CEPAL, bem como economistas que se desempenham em distintas universidades, centros de pesquisa e instituições públicas da Argentina.
Neste fórum, Antonio Prado advertiu que "a política macroeconômica tem de estar vinculada com o processo de desenvolvimento".
Segundo explicou o alto funcionário da CEPAL, isto resulta decisivo "para a formulação e implementação das transformações políticas, sociais e institucionais requeridas para aprofundar as melhoras experimentadas na região durante a década de 2000 e convertê-las no começo de um processo de desenvolvimento sustentado e sustentável".
Este seminário procurou incorporar alguns problemas da região que ora captam o interesse dos acadêmicos, como as dificuldades associadas a estruturas produtivas desequilibradas e fortemente voltadas à exploração de recursos naturais, a debilidade dos processos de integração econômica, a persistência do problema da restrição externa ao crescimento e a excessiva exposição aos ciclos de liquidez internacional.
Durante a reunião se debateu, entre outros assuntos, sobre qual poderia ser o impacto de eventuais choques externos nos distintos tipos de estrutura produtiva identificáveis na região, sobre se a taxa de câmbio real constituiria uma variável-chave na estratégia de diversificação produtiva e sobre se existiria margem para potencializar os processos de integração comercial e produtiva.
Também se discutiu sobre se os regimes monetários em voga na região seriam uma opção institucional consistente com a necessidade de estimular o crescimento e preservar o equilíbrio externo de suas economias, bem como sobre o papel que tendem a assumir os bancos centrais neste contexto, do ponto de vista do financiamento do desenvolvimento.