Comunicado de imprensa
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) revisou a projeção do crescimento econômico da região para 2015, estimando em 1,0% o aumento do produto interno bruto (PIB) regional, informou hoje o organismo das Nações Unidas em um comunicado de imprensa.
Essa revisão reflete um panorama global caracterizado por uma dinâmica econômica menor ao que era esperado no final de 2014. Com exceção dos Estados Unidos, as projeções de crescimento foram revisadas nos países industrializados, e as economias emergentes continuam desacelerando-se. Espera-se que a região consiga manter o crescimento econômico em torno dos níveis registrados em 2014 (1,1% segundo o Relatório anual da CEPAL, Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe, 2014).
A nível sub-regional, a CEPAL projeta uma taxa de crescimento próxima a zero para a América do Sul, enquanto que para a América Central e para o México alcançará 3,2% e para o Caribe 1,9%.
Ao menor crescimento da economia mundial soma-se uma maior volatilidade financeira internacional, produto de uma política monetária expansionista na Europa e no Japão, enquanto prevê-se um aumento nas taxas de juros nos Estados Unidos. Por outro lado, o fim do chamado “superciclo” do preço dos bens primários afeta negativamente vários países da região.
As particularidades das economias da região, em termos de suas estruturas econômicas e suas formas de inserção na economia mundial, influem em uma importante heterogeneidade na intensidade e forma em que os choques externos as afetaram. As projeções de crescimento das economias especializadas na produção de bens primários, especialmente, petróleo e minérios, são as que experimentaram as maiores quedas (América do Sul e Trinidad e Tobago), enquanto aquelas com maior vinculação com a economia dos Estados Unidos, e que se beneficiam da queda do preço do petróleo, registram as melhores projeções: América Central e Caribe de língua inglesa.
Os países que liderarão a expansão regional durante 2015 serão o Panamá, com um aumento no PIB de 6,0%, Antígua e Barbuda (5,4%) e Bolívia, Nicarágua e República Dominicana (5,0%).