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Segundo a CEPAL, em 2017 o PIB da América Central e da República Dominicana crescerá 4,5% em média

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20 de fevereiro de 2017|Comunicado de imprensa

A sub-região manterá a mais alta taxa de crescimento da América Latina e do Caribe, apesar de um ambiente internacional incerto e da desaceleração do consumo privado e do investimento.

Em 2017, os países da América Central e a República Dominicana terão um crescimento médio de 4,5% (4,3% excluindo Panamá, cuja economia experimentará uma aceleração), enquanto o da América Latina e do Caribe em conjunto será de 1,3%, revela o mais recente relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

O relatório “América Central e República Dominicana: evolução econômica em 2016 e perspectivas para 2017. Balanço preliminar”, elaborado pela Sede Sub-regional da CEPAL no México, assinala que a atividade econômica dos países da América Central e a República Dominicana continuou mostrando um bom desempenho em 2016 (4,5%), embora menor que no ano anterior (4,9%), devido principalmente a uma demanda externa menos favorável, em particular por um menor crescimento da economia dos Estados Unidos.

Pelo segundo ano consecutivo, o dinamismo da sub-região se deveu à demanda interna (investimento e consumo), em contraste com as exportações líquidas, que tiveram uma contribuição negativa. O consumo privado foi favorecido por uma menor inflação e uma maior renda disponível, devido à queda interanual média dos preços internacionais dos recursos energéticos, um aumento das remessas familiares, menores taxas de juros e aumentos nos salários reais.

A redução dos preços internacionais do petróleo e as taxas de juros baixas fortaleceram a posição macroeconômica dos países da América Central e a República Dominicana. A inflação média anual se situou em 2% em 2016, o segundo registro mais baixo nos últimos 25 anos, e o déficit em conta corrente diminuiu pelo segundo ano consecutivo, para situar-se no equivalente a 3% do PIB.

O déficit fiscal do governo central encerrou 2016 em torno de 2,5% do PIB, com resultados irregulares entre países. Em matéria de emprego, a informação disponível até a preparação do documento indica uma continuação na criação de postos formais. Os salários mínimos reais tiveram um aumento, favorecidos pela baixa inflação.

Contudo, os motores tradicionais de crescimento da América Central e da República Dominicana estarão ameaçados no curto e médio prazo pelo impacto que teriam as políticas comerciais, migratórias e de investimento do novo governo dos Estados Unidos; se forem implementadas, reduziriam o dinamismo do comércio internacional, o investimento estrangeiro direto e as remessas. Por outro lado, a elevação dos preços internacionais dos recursos energéticos e o aumento nas taxas de juros terão um efeito negativo no consumo e no investimento.

Ante esta conjuntura, a CEPAL recomenda aos países promover a integração centro-americana e a diversificação de mercados, bem como fortalecer o mercado interno com aumentos sustentados da produtividade e do poder aquisitivo dos trabalhadores, e não com base em fatores conjunturais.

 

América Central e República Dominicana (ACRD): taxas de crescimento do PIB, 2015-2017

(Em porcentagens)

País

2015

2016 a/

2017 b/

Costa Rica

3,7

4,1

3,9

El Salvador

2,5

2,2

2,2

Guatemala

4,1

3,3

3,3

Honduras

3,6

3,5

3,4

Nicarágua

4,9

4,8

4,7

Panamá

5,8

5,2

5,9

República Dominicana

7,0

6,4

6,2

Média ACRD

4,9

4,5

4,5

Média ACRD (sem Panamá)

4,8

4,4

4,3

 

a/ As cifras de 2016 correspondem a estimativas da CEPAL.

b/ As cifras de 2017 correspondem a projeções da CEPAL.