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Com a participação de pessoas com deficiência em diversas atividades, realizou-se na CEPAL a Semana da Inclusão

9 de dezembro de 2019|Notícias

Destacou-se o lançamento do site da campanha global para o bom tratamento de crianças e adolescentes com deficiência, iniciativa chefiada pela Enviada Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, Maria Soledad Cisternas.

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Crianças e adolescentes com e sem deficiência do Chile participaram do lançamento do site da campanha global para o bom tratamento de crianças e adolescentes com deficiência
Crianças e adolescentes com e sem deficiência do Chile participaram do lançamento do site da campanha global para o bom tratamento de crianças e adolescentes com deficiência.
Foto: CEPAL.

De 2 a 6 de dezembro de 2019 realizou-se na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em Santiago, Chile, a Semana da Inclusão, que incluiu uma série de atividades nas quais participaram crianças, adolescentes e adultos com deficiência.

O objetivo da Semana da Inclusão - realizada no âmbito do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, comemorado em 3 de dezembro de cada ano - é sensibilizar e conscientizar sobre as contribuições que as pessoas com deficiência dão a nossas sociedades e as barreiras que enfrentam para obter o pleno exercício de seus direitos.

No dia 2 foi inaugurada a exposição fotográfica “Olhos que não veem”, da famosa artista chilena Paz Errázuriz, Prêmio Nacional de Artes Plásticas 2017, com textos do biólogo Jorge Diaz. A própria Errázuriz realizou a apresentação da mostra num dos corredores do edifício principal da CEPAL em Santiago.

“’Olhos que não veem’ é um projeto transdisciplinar entre ciência, fotografia e poesia realizado por uma fotógrafa feminista e um biólogo ativista no exercício de encontrar um rumo para a cegueira como um caminho que fale de nosso presente”, dizem os autores.

No dia 3, a Fundação Luz (que trabalha com população cega e de baixa visão) deleitou o pessoal da CEPAL com o repertório de sua Orquestra Sons de Luz, a qual se apresentou, como em outras ocasiões, no pátio do recinto. A Fundação Luz também ofereceu serviços de massoterapia e se dedicou à venda de produtos artesanais.

No dia 4, foi lançado o site da campanha global para o bom tratamento de crianças e adolescentes com deficiência, www.my10principles.com, uma iniciativa do Escritório da Enviada Especial do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre deficiência e acessibilidade, Maria Soledad Cisternas.

Durante o evento, um grupo de crianças e adolescentes com e sem deficiência do Chile leu os 10 princípios da campanha em espanhol, inglês, francês, alemão, italiano e mapuzungún (idioma do povo indígena mapuche). O primeiro princípio expressa: “Existo como sou e sou uma pessoa como você”; o décimo afirma: “A mim me importa que você acredite em mim. Assim como você, eu preciso que confiem em mim”.

O lançamento foi chefiado por Maria Soledad Cisternas e Mario Cimoli, Secretário Executivo Adjunto da CEPAL, em representação da Secretária Executiva Alicia Bárcena, com a intervenção de funcionários do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e ACDUNDH (Escritório Regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos), além de autoridades nacionais e representantes da sociedade civil. Ver nota relacionada.

Estima-se que 12% da população da América Latina e do Caribe tem alguma deficiência, o que representa cerca de 70 milhões de pessoas. Grande porcentagem de crianças e adolescentes com deficiência na região estão sujeitos a diversas formas de discriminação e outras graves violações de seus direitos humanos, em áreas como acesso à educação, saúde, recreação, informação e comunicação e participação. Estas violações têm efeitos negativos em seu desenvolvimento físico, mental e social, dificultando sua participação plena, igual e efetiva e sua contribuição à sociedade, assinala a CEPAL.

É preciso acabar com os estereótipos, a segregação e a marginalização, a proteção excessiva, a falta de acessibilidade e de serviços e apoios para construir sociedades inclusivas com ambientes propícios e favoráveis ao desenvolvimento e empoderamento deste grupo da população, afirma a Comissão. Somente assim será possível alcançar o objetivo da plena igualdade e respeito efetivo aos direitos de todas as pessoas, sem que ninguém fique para trás.