16-19 out 2018 Santiago, Chile | Reuniões e seminários técnicos
La Segunda Conferencia de Ciudades se realizará en la sede de la CEPAL en Santiago, Chile durante los días 16-19 de octubre de 2018.
A cidade é uma oportunidade para a mudança estrutural com igualdade, um instrumento de desenvolvimento e acionador do crescimento que a política pública deve aproveitar, concordaram autoridades e especialistas reunidos na Segunda Conferência das Cidades, que terminou hoje na sede central da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em Santiago, Chile.
A reunião, coorganizada pela CEPAL, Assembleia de Ministros e Máximas Autoridades de Habitação e Urbanismo da América Latina e do Caribe (MINURVI) e ONU-Habitat, congregou autoridades dos governos nacionais e locais da região, representantes de organismos internacionais e de agências das Nações Unidas, organizações não governamentais e membros da sociedade civil.
Em suas palavras de encerramento, Mario Cimoli, Secretário Executivo Adjunto da CEPAL, afirmou que o multilateralismo é essencial para alcançar um desenvolvimento urbano sustentável e ressaltou: “não há solução para uma cidade que atue isoladamente neste mundo, seja em matéria de mobilidade, acesso ou sustentabilidade”.
“Não vamos resolver o tema da sustentabilidade atendendo as cidades individualmente; o resolveremos quando for o tema de uma rede, de um debate multilateral e de uma agenda conjunta. A cidade tem que ser um objeto de política pública onde os países, em cooperação com outros países, intervêm para obter acesso, melhor mobilidade e melhores políticas”, afirmou.
O alto funcionário da CEPAL destacou a importância de que os assuntos relativos às cidades sejam abordados de forma interdisciplinar para que façam parte das políticas públicas das outras áreas dos governos.
Além disso, afirmou que as cidades devem ser consideradas como um instrumento de política econômica e destacou que o diálogo público-privado é peça fundamental para a concretização de cidades sustentáveis.
Acrescentou que, para a CEPAL, o tema das cidades “vai além da definição, do lugar urbano onde nos movemos, onde habitamos e temos toda a nossa vida. A cidade é um dos elementos fundamentais para construir políticas públicas”, assinalou.
A Segunda Conferência das Cidades concluiu com um diálogo público-privado para a sustentabilidade urbana, organizado pela CEPAL e o Governo da França, que foi aberto pelo Secretário Executivo Adjunto da comissão regional das Nações Unidas e pelo Embaixador da França no Chile, Roland Dubertrand.
Durante a sua intervenção, Mario Cimoli afirmou que na América Latina e no Caribe o transporte urbano sustentável apresenta problemas específicos de coordenação e de orientação entre o público e o privado, entre a sociedade civil e outros atores e entre o nacional e o local.
“Fica claro que a coordenação entre múltiplos atores desempenha um papel central na sustentabilidade de nossas cidades e de nossa região. É com este propósito que a CEPAL está abrindo mais espaços para o diálogo entre múltiplos atores, incluindo os governos nacionais e subnacionais, a sociedade civil e o setor privado”, sublinhou.
O Embaixador Dubertrand expressou que o caso da mobilidade urbana representa a melhor ilustração da necessidade de cooperação público-privada.
“Não podemos resolver os desafios da mobilidade, diminuir a dependência do automóvel e adequar os marcos regulatórios sem a ação coordenada dos setores público e privado. Construir a cidade sustentável é um desafio que requer uma ação coletiva, uma bem-sucedida colaboração entre atores públicos e privados”, assinalou.
O diplomata acrescentou que, para a França, a construção de cidades mais sustentáveis materializa a luta contra a mudança climática e destacou a realização da Conferência das Cidades como “uma excelente oportunidade de consolidar esforços e apoiar as ações a favor de nossas prioridades comuns”.
A jornada de encerramento incluiu também uma sessão sobre o empoderamento das mulheres no transporte na América Latina e no Caribe e outra que abordou o vínculo entre saúde urbana e bem-estar e a mobilidade urbana segura, acessível e sustentável.