ESCRITÓRIOS REGIONAIS

CEPAL analisa países de tamanho pequeno da
América Central e do Caribe

Foto: diskmix, Flickr

Os países de tamanho pequeno da América Central e do Caribe (CAC) enfrentam problemas similares em seu caminho ao desenvolvimento sustentável. Embora muito heterogêneos quanto a volume de população, estrutura econômica e nível de desenvolvimento, os estados CAC compartilham uma série de características, especialmente vulnerabilidade a eventos ou choques externos, sejam econômicos ou meteorológicos.

O país com maior tamanho neste grupo é a Guatemala, com 14 milhões de habitantes, e o menor é São Cristóvão e Névis, com 47.000 habitantes. A região em total soma cerca de 75 milhões de habitantes, segundo dados de 2009.

Um estudo conjunto preparado pelas sedes sub-regionais da CEPAL no México e em Port of Spain, que será publicado proximamente, aborda precisamente as limitações em comum que 22 pequenos estados da América Central e do Caribe enfrentam para alcançar o desenvolvimento sustentável, e as políticas necessárias para superar estas barreiras.

Os estados CAC podem ser divididos em duas categorias: os primariamente exportadores de serviços e os primariamente exportadores de matérias-primas ou bens. Não obstante, a escala de suas economias é pequena: suas exportações para a região Ásia-Pacífico, os Estados Unidos e para a União Europeia não superaram 3% de todos os envios da América Latina em 2008.

As economias localizadas na bacia do Caribe têm significativos vínculos com os Estados Unidos por meio do comércio, dos fluxos financeiros e das remessas. O crescimento do investimento estrangeiro direto (IED) nestes países pequenos tem sido exponencial desde a década de 1990, proveniente principalmente dos Estados Unidos, Espanha, Canadá e do Reino Unido.

Em comparação com muitos países em desenvolvimento, alguns estados CAC mostram um invejável desempenho econômico. No entanto, apresentam características que os fazem mais vulneráveis, como o nível de abertura econômica, o distanciamento e isolamento, a exposição a desastres naturais e a mudanças no meio ambiente, a limitada diversificação e capacidade, a pobreza e a dependência de capital externo.

Ao longo da década passada, as cifras de pobreza e de desigualdade na América Central e no Caribe permaneceram altas, apesar de a região haver logrado uma taxa de crescimento econômico de 3% em média.

Em seu estudo, a CEPAL examina as políticas macroeconômicas e de transformação produtiva necessárias para estimular o crescimento e a igualdade nos países CAC, bem como as possíveis fontes de diversificação das exportações, entre outros temas relevantes para o desenvolvimento de esta região.

Com o objetivo de criar capacidade e resiliência frente a choques externos, considera-se recomendável que os países CAC ampliem sua base de capital humano mediante investimentos em saúde, educação, ciência e tecnologia.

De igual modo, dada sua limitada capacidade, surge a necessidade de um enfoque regional orientado à criação de bens públicos regionais, que apoiem o processo de convergência e a elaboração de estratégias úteis para melhorar a inserção dos países na economia global.


 

 


 

 

 

 
  Os estados CAC compartilham uma série de características, especialmente a vulnerabilidade a eventos ou choques externos, sejam estes econômicos ou meteorológicos.
 
  Ao longo da década passada, as cifras de pobreza e desigualdade na América Central e no Caribe permaneceram altas, apesar de a região haver logrado uma taxa de crescimento econômico de 3% em média.