Descrição
Apesar dos desafios para seu desenvolvimento, a transição energética é crucial não somente para se atingir a segurança energética e diminuir a dependência energética em regiões instáveis politicamente, mas – sobretudo pós-pandemia – para se cumprirem as metas estabelecidas na Agenda 2030. Nesse contexto, os países considerados desenvolvidos são fundamentais na trajetória para uma transição energética global segura, e os países do BRICS também adquirem inquestionável relevância: pela representatividade econômica, ambiental e social que detêm, estes Estados estão no centro de gravidade da produção e do consumo de energia. Nessa conjuntura, cabe inquirir como as principais economias globais se intercruzam com os países que compõem o BRICS em relação ao financiamento para a transição energética nesses países. Dessa forma, a questão norteadora deste trabalho foi a de conhecer quem são os principais financiadores – no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – dos países que compõem o BRICS, para uma economia de baixo carbono. A metodologia adotada se pautou na revisão de literatura, que se aliou aos dados obtidos na prospecção das três bases de dados escolhidas para a realização de análises quantitativas, mediante a sumarização de cálculos estatísticos. Entre os resultados, pode-se apontar que, dos países do BRICS, a Índia foi o que mais recebeu financiamentos de países da OCDE para transição energética, e a Alemanha foi o principal financiador individual direto dos BRICS. Deve-se salientar que, relativamente às organizações multilaterais, o Banco Mundial teve papel de destaque no financiamento para a transição energética.