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Relatório recomenda que a região incorpore diretrizes internacionais para medir as deficiências

1 de setembro de 2014|Notícias

Estima-se que mais de 70 milhões de pessoas viviam com deficiências na América Latina e no Caribe entre 2001 e 2013.

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Foto: Roberto Escobar/EFE

Estima-se que 70,6 milhões de pessoas viviam com alguma deficiência na América Latina e no Caribe entre 2001 e 2013, o que equivale a 12,5 % da população regional, segundo um relatório da Conferência Estatística das Américas (CEA), órgão subsidiário da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o qual recomenda que os países incorporem as diretrizes internacionais aos procedimentos estatísticos sobre esta matéria.

O documento, que se baseia na informação proporcionada pelos escritórios nacionais de estatísticas de 17 Estados da América Latina e 19 países e territórios do Caribe, foi produzido por um grupo integrado por Belize, Brasil, Costa Rica e República Dominicana e apresentado em 13 de agosto durante a Décima Terceira Reunião do Comitê Executivo da Conferência, realizada na sede da CEPAL, em Santiago do Chile.

Esta nova estimativa supõe um acréscimo de 4,5 milhões de pessoas - de 66,1 milhões para 70,6 milhões - com relação ao exercício prévio de coleta de informação em 2010-2012, cujos resultados foram publicados noPanorama Social da América Latina 2012, elaborado pela CEPAL. A diferença se deve à inclusão de fontes estatísticas mais recentes de vários países.

Os autores analisam as principais dificuldades que os países enfrentam para obter dados, como a definição de deficiência adotada nessas medições ou as características das fontes disponíveis, e identificam fatores relevantes para construir sistemas de informação integrados e de qualidade.

Para avançar nesse âmbito, ressaltam que é vital empreender iniciativas de fortalecimento e capacitação dos organismos encarregados de reunir os dados sobre deficiência.

Segundo indicam, somente oito países da América Latina - Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, México, Paraguai, Peru e República Dominicana - e quatro Estados ou territórios do Caribe - Aruba, Guiana, Jamaica e Santa Lúcia - aplicam o conjunto de recomendações internacionais para medição da deficiência geradas através de diversas instâncias das Nações Unidas, o que tem uma repercussão direta nos números.

Essas recomendações estão reunidas em um questionário breve elaborado pelo Grupo de Washington sobre medição da deficiência - criado no âmbito da Comissão de Estatística da ONU -, na Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) da Organização Mundial da Saúde e nas Diretrizes e Princípios para a Elaboração de Estatísticas sobre Deficiência.

Em sua última mensagem no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, comemorado em 3 de dezembro, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, assinalou que 1 bilhão de pessoas vivem com deficiências no mundo e muitas delas carecem de um acesso igualitário a recursos básicos; por isso, fez um apelo para que se torne mais visível sua situação e se rompam barreiras com o fim de avançar rumo à construção de sociedades com maior inclusão.