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O investimento estrangeiro direto (IED) do México aumentou durante o período 2009-2017 na região da América Central, mas seu dinamismo foi menor do que o observado no total de seu investimento no exterior, assinala o documento Investimento mexicano na América Central, publicado recentemente pela Sede Sub-Regional da CEPAL no México. Este menor dinamismo sugere uma reacomodação nas estratégias de investimento das empresas mexicanas, indica o estudo.
O México é o segundo maior investidor em quase todos os países centro-americanos, com exceção do Panamá, onde seu IED tem sido menor. Durante 2009-2017, o México destinou a maior parte de seus investimentos para Costa Rica (24%) e Guatemala (23%), seguidos por El Salvador (19%), Honduras (17,5%), Nicarágua (8,6%) e Panamá (7,7%). Não obstante, a importância do investimento mexicano nas economias da Guatemala, Honduras e Nicarágua é maior do que a que tem para a Costa Rica e El Salvador, indica o relatório.
Segundo a publicação, os maiores fluxos do IED mexicano para a América Central tiveram como destino os serviços, especialmente as telecomunicações, e a manufatura. Além disso, os setores econômicos aos quais se dirige o IED mexicano sugerem uma certa especialização por país. No caso da Costa Rica observa-se uma preponderância em outros serviços, o que poderia indicar uma seleção do país a partir de seus níveis educativos, estabelecimento de outras empresas mundiais e especialização da economia.
Na Guatemala o investimento no setor manufatureiro, além do de serviços, poderia estar ligado ao tamanho de sua economia e sua proximidade ao território sul do México. Na Nicarágua também se destaca a indústria, vinculada possivelmente com sua mão de obra, seus incentivos fiscais e os ativos naturais que o país oferece para a agroindústria.
O estudo acrescenta que a maioria das empresas mexicanas baseia sua competitividade na América Central em seu grau de internacionalização e experiência organizacional, seu conhecimento no setor e a aplicação de novas tecnologias e inovações nos produtos ou serviços que oferecem. Não obstante, explica, também se observam casos em que as empresas mexicanas baseiam suas vantagens em preços baixos e distribuição de produtos estratégicos.
Por outro lado, a pesquisa indica que, embora a posição investidora do México tenha se mantido, os dados mostram que o IED colombiano ultrapassou o valor acumulado dos investimentos mexicanos na região a partir de 2011. Embora a maior parte do investimento colombiano se concentre no Panamá, sua posição como investidor se modificou em todos os países centro-americanos. Nos casos da Costa Rica, El Salvador e Guatemala, o investimento colombiano quase igualou o investimento mexicano.
Não obstante, o relatório conclui que a América Central continua sendo um mercado potencial para novas empresas mexicanas, sobretudo as especializadas em novos setores, ou pequenas e médias empresas, bem como em setores pouco explorados, como o turismo, as energias renováveis e os novos serviços de tecnologia.
COLÔMBIA E MÉXICO: SALDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO NA AMÉRICA CENTRAL, 2009-2017
(Em milhões de dólares)
Fonte: Elaboração própria com informação do Fundo Monetário Internacional.