Pular para o conteúdo principal
Available in EnglishEspañolPortuguês

Estudo analisa opções para a medição da pobreza monetária no Uruguai

13 de março de 2019|Notícias

Documento foi elaborado como insumo para a próxima discussão nacional sobre a determinação do umbral de pobreza no país.

A futura disponibilidade de uma nova Pesquisa de Gasto e Renda dos Domicílios no Uruguai permitirá a estimação de uma nova medida oficial de pobreza de renda no país. Frente a este processo, o escritório da CEPAL em Montevidéu lançou uma nova publicação que discute as diferentes opções para sua construção.

O documento Medição da pobreza monetária no Uruguai. Conceitos, metodologias, avaliação e alternativas (N⁰ 37 da Série Estudos e Perspectivas do Escritório da CEPAL em Montevidéu) examina as opções metodológicas disponíveis e a influência que algumas destas decisões têm nos resultados obtidos.

Em seu estudo, os autores Martín Brun e Maira Colacce - consultores da CEPAL - revisam as opções disponíveis para a medição da pobreza monetária, bem como suas consequências em termos dos níveis e evolução da incidência da pobreza no Uruguai nas últimas duas décadas.

Segundo o relatório, a identificação da pobreza requer a combinação de dois elementos: uma medida monetária do bem-estar das famílias e uma linha de pobreza medida nas mesmas unidades que o bem-estar. Ambos os elementos são analisados em detalhe no documento, tanto em termos teóricos como empíricos. Apesentam-se medições absolutas, relativas e híbridas, atribuindo especial ênfase às primeiras, que são as aplicadas oficialmente no Uruguai.

Acrescenta que os resultados da evolução da pobreza no Uruguai observados entre 1996 e 2016 são robustos em relação às diferentes alternativas metodológicas, desde que se trate de pobreza absoluta. No caso da pobreza relativa forte, sua evolução é muito mais estável, dado que seus movimentos respondem a variações na distribuição da renda, mas não a seu nível.

De acordo com os dados oficiais obtidos no período analisado, em todos os casos as crianças e adolescentes apresentam níveis de pobreza maiores que os adultos, e estes são mais pobres do que os idosos; mas o nível da diferença depende substancialmente da escolha a respeito da incorporação de escalas de equivalência na renda e ao cálculo de pobreza relativa ou absoluta.