Comunicado de imprensa
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) estima que o crescimento médio das economias da América Central e República Dominicana será de 4,4% em 2018, o que representa um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao registrado em 2017. Assim assinala o relatório América Central e República Dominicana: evolução econômica em 2017 e perspectivas para 2018. Balanço preliminar, publicado recentemente pela Sede Sub-Regional no México.
O documento acrescenta que, por outro lado, espera-se uma desaceleração do consumo e do investimento, ante novos aumentos das taxas de juros e do nível de preços, que será compensada por um maior dinamismo das exportações de bens e serviços e das remessas.
Segundo a publicação, em 2017 a atividade econômica dos países da América Central e República Dominicana mostrou uma desaceleração, com uma taxa de crescimento médio de 4%, frente aos 4,6% registrados em 2016. Não obstante, esta taxa é superior à registrada na América Latina e no Caribe em conjunto (1,3%).
O relatório, elaborado pela CEPAL, assinala que o menor dinamismo dos países da América Central e República Dominicana em 2017 é explicado principalmente pela desaceleração da Costa Rica e República Dominicana, devido a um menor crescimento do consumo privado e do impacto de fenômenos climatológicos adversos, no caso do primeiro país, e a desaceleração da demanda interna, em particular do investimento, no segundo.
Ao longo de 2017 a demanda interna foi um motor robusto de crescimento nos países da América Central e na República Dominicana, mas com uma desaceleração em relação ao observado em 2016. O consumo interno se expandiu a uma taxa anual de 3,8% (4% em 2016), enquanto a formação bruta de capital fixo teve uma aceleração (5,7%, frente a 5,2% em 2016). A elevação das taxas de juros e o aumento da inflação tiveram um impacto moderado na demanda interna. As exportações de bens e serviços, por sua vez, cresceram a uma taxa real de 5% (2,9% em 2016), num contexto de maior atividade econômica mundial e crescimento do comércio internacional.
O déficit fiscal do governo central nos países da América Central e República Dominicana alcançou 2,4% do PIB em 2017, levemente inferior aos 2,5% observados em 2016. As economias de El Salvador, Panamá e República Dominicana reduziram o déficit fiscal do governo central, enquanto Costa Rica e Honduras mostraram os maiores coeficientes, com 6% e 3,2% do PIB, respectivamente. O relatório acrescenta que a trajetória e o nível da dívida são motivo de preocupação na Costa Rica e em El Salvador.
A conta corrente dos países da América Central e República Dominicana em conjunto registrou um saldo de 1,9% do PIB em 2017 (2,3% em 2016), o que representou uma redução pelo terceiro ano consecutivo. A variação positiva dos preços da maioria dos produtos básicos de exportação compensou parcialmente o aumento do preço internacional dos combustíveis.
Finalmente, em 2017 a inflação interanual (dezembro-dezembro) média desses países se situou em 3,6%, 1,6 ponto percentual acima da registrada em 2016. Esta taxa, que contrasta com os baixos níveis observados em anos anteriores, foi impactada pela dinâmica da taxa de câmbio e pelas variações dos preços internacionais das matérias-primas.
América Central e República Dominicana:
taxas do crescimento do PIB, 2016-2018
(Em porcentagens)
País |
2016 |
2017 a/ |
2018 b/ |
Costa Rica |
4,2 |
3,2 |
4,1 |
El Salvador |
2,4 |
2,4 |
2,5 |
Guatemala |
3,1 |
3,2 |
3,5 |
Honduras |
3,6 |
3,7 |
3,9 |
Nicarágua |
4,7 |
5,1 |
5,0 |
Panamá |
5,0 |
5,5 |
5,5 |
República Dominicana |
6,6 |
4,6 |
5,1 |
Média AC e RD c/ |
4,6 |
4,0 |
4,4 |
a As cifras de 2017 correspondem a estimativas da CEPAL. Para Costa Rica e República Dominicana, correspondem a cifras oficiais (preliminares) de crescimento.
b As cifras de 2018 correspondem a projeçoes da CEPAL.
c Corresponde à média ponderada.