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As economias da América Central e República Dominicana crescerão 4,4% em 2018

22 de março de 2018|Notícias

O PIB da sub-região em seu conjunto crescerá graças a maiores exportações de bens e serviços, bem como a fluxos de remessas internacionais, apesar de uma desaceleração do consumo privado e do investimento.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) estima que o crescimento médio das economias da América Central e República Dominicana será de 4,4% em 2018, o que representa um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao registrado em 2017. Assim assinala o relatório América Central e República Dominicana: evolução econômica em 2017 e perspectivas para 2018. Balanço preliminar, publicado recentemente pela Sede Sub-Regional no México.

O documento acrescenta que, por outro lado, espera-se uma desaceleração do consumo e do investimento, ante novos aumentos das taxas de juros e do nível de preços, que será compensada por um maior dinamismo das exportações de bens e serviços e das remessas.

Segundo a publicação, em 2017 a atividade econômica dos países da América Central e República Dominicana mostrou uma desaceleração, com uma taxa de crescimento médio de 4%, frente aos 4,6% registrados em 2016. Não obstante, esta taxa é superior à registrada na América Latina e no Caribe em conjunto (1,3%).

O relatório, elaborado pela CEPAL, assinala que o menor dinamismo dos países da América Central e República Dominicana em 2017 é explicado principalmente pela desaceleração da Costa Rica e República Dominicana, devido a um menor crescimento do consumo privado e do impacto de fenômenos climatológicos adversos, no caso do primeiro país, e a desaceleração da demanda interna, em particular do investimento, no segundo.

Ao longo de 2017 a demanda interna foi um motor robusto de crescimento nos países da América Central e na República Dominicana, mas com uma desaceleração em relação ao observado em 2016. O consumo interno se expandiu a uma taxa anual de 3,8% (4% em 2016), enquanto a formação bruta de capital fixo teve uma aceleração (5,7%, frente a 5,2% em 2016). A elevação das taxas de juros e o aumento da inflação tiveram um impacto moderado na demanda interna. As exportações de bens e serviços, por sua vez, cresceram a uma taxa real de 5% (2,9% em 2016), num contexto de maior atividade econômica mundial e crescimento do comércio internacional.

O déficit fiscal do governo central nos países da América Central e República Dominicana alcançou 2,4% do PIB em 2017, levemente inferior aos 2,5% observados em 2016. As economias de El Salvador, Panamá e República Dominicana reduziram o déficit fiscal do governo central, enquanto Costa Rica e Honduras mostraram os maiores coeficientes, com 6% e 3,2% do PIB, respectivamente. O relatório acrescenta que a trajetória e o nível da dívida são motivo de preocupação na Costa Rica e em El Salvador.

A conta corrente dos países da América Central e República Dominicana em conjunto registrou um saldo de 1,9% do PIB em 2017 (2,3% em 2016), o que representou uma redução pelo terceiro ano consecutivo. A variação positiva dos preços da maioria dos produtos básicos de exportação compensou parcialmente o aumento do preço internacional dos combustíveis.

Finalmente, em 2017 a inflação interanual (dezembro-dezembro) média desses países se situou em 3,6%, 1,6 ponto percentual acima da registrada em 2016. Esta taxa, que contrasta com os baixos níveis observados em anos anteriores, foi impactada pela dinâmica da taxa de câmbio e pelas variações dos preços internacionais das matérias-primas.

América Central e República Dominicana:
taxas do crescimento do PIB, 2016-2018

(Em porcentagens)

 

País

2016

2017 a/

2018 b/

Costa Rica

4,2

3,2

4,1

El Salvador

2,4

2,4

2,5

Guatemala

3,1

3,2

3,5

Honduras

3,6

3,7

3,9

Nicarágua

4,7

5,1

5,0

Panamá

5,0

5,5

5,5

República Dominicana

6,6

4,6

5,1

Média AC e RD c/

4,6

4,0

4,4


a As cifras de 2017 correspondem a estimativas da CEPAL. Para Costa Rica e República Dominicana, correspondem a cifras oficiais (preliminares) de crescimento.

b As cifras de 2018 correspondem a projeçoes da CEPAL.

c Corresponde à média ponderada.