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América do Sul revela potencial de complementaridade produtiva

6 de julho de 2016|Evento

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América do Sul revela potencial de complementaridade produtiva
América do Sul revela potencial de complementaridade produtiva
Ipea

América do Sul revela potencial de complementaridade produtiva
É o que mostra a Matriz de Insumo-Produto da região, apresentada pelo Ipea em parceria com a Cepal

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) lançaram nesta quarta-feira, 6, em Brasília, o levantamento inédito da Matriz de Insumo-Produto da América do Sul. Os resultados revelam que a complementaridade produtiva na região ainda é incipiente, mas possui potencial.

Entre os países mais integrados da região, aparecem o Uruguai e a Bolívia. No caso uruguaio, 4,97% do valor adicionado no país (PIB) corresponde a produtos provenientes do Brasil, e 4,19% de produtos vindos da Argentina. E 88,2% do valor adicionado corresponde à produção interna, sem participação de outros países. Em relação ao Brasil, 97% do valor adicionado deve-se à produção interna. A tabela abaixo traz as conclusões da análise feita na Argentina, Colômbia, Bolívia, Venezuela, no Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai, Peru e Equador.

“Há indícios de complementaridade, menos do que eu desejaria, mas há coisas acontecendo na América do Sul. Há um potencial de complementaridade. Pode-se aprofundar onde já existe alguma semente. Cabe explorar o potencial de criação dessas cadeias”, afirmou Renato Baumann, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e coordenador do projeto que também contou com recursos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

A matriz é formada por 40 setores, sendo 35 de bens e cinco de serviços. Os dados se referem a 2005, último ano para o qual foi possível homogeneizar os dados para os 10 países. O Brasil aparece como o país com relações menos significativas de complementaridade quando se decompõe o valor adicionado, um exercício feito pelo Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da FGV. “A Bolívia tem uma estrutura interessantíssima, muito mais aberta do que se imagina. O Uruguai é outro caso interessante, especialmente integrado com a Argentina, o Brasil, o Chile e o Peru”, explicou Renato Flores, professor da FGV.

O seminário Cadeias Produtivas na América do Sul: matriz de insumo-produto regional foi realizado na sede do Ipea, com a presença do presidente do Instituto, Ernesto Lozardo, do representante da Cepal no Brasil, Carlos Mussi, do presidente da ABDI, Luiz Augusto Ferreira, do representante do BID José Luiz Rossi e do representante do CAF Oswaldo López.