Comunicado de imprensa
(5 de julho de 2012) Os países membros da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) acordaram nessa quarta-feira em Quito, Equador, a criação de um grupo de trabalho sobre estatísticas de segurança pública e justiça, no final da XI Reunião do Comitê Executivo da Conferência Estatística das Américas (CEA) da CEPAL.
O encontro terminou com a aprovação dos acordos, entre os quais se inclui o propósito de coordenar esforços de geração e desenvolvimento de informação estatística sobre segurança pública e justiça entre os países da região, e homologar os projetos e mandatos internacionais sobre esses assuntos.
A cerimônia de encerramento da reunião foi dirigida por Alicia Bárcena, Secretária Executiva da CEPAL, e Byron Villacis, Diretor do Instituto Nacional de Estatísticas do Equador (INEC). Bárcena destacou a relevância de contar com melhores estatísticas sobre segurança cidadã. "Este é um dos temas que mais preocupa a população em boa parte da região. Por esse motivo têm grande significado os esforços que alguns países estão realizando para produzir e sistematizar evidências quantitativas sobre esses fenômenos", afirmou.
Também ressaltou a importância da medição do emprego, do desemprego e do subemprego, temas que juntamente com a segurança cidadã, foram objeto de dois seminários técnicos realizados ao longo da XI Reunião do Comitê Executivo da CEA-CEPAL.
Após três dias de deliberações, os delegados dos países assistentes aprovaram as ações realizadas pelos distintos grupos de trabalho da CEA-CEPAL e estableceram seu programa para o biênio 2012-2013.
Entre as iniciativas acordadas destacam-se os avanços realizados em vários campos para a harmonização das estatísticas, com a finalidade de estabelecer metodologias homologáveis e comparáveis internacionalmente. No âmbito das estatísticas de gênero, por exemplo, inclui-se a promoção da elaboração da conta satélite do trabalho não remunerado, assim como a produção de estatísticas sobre a violência e a discriminação para as mulheres e a situação de suas ocupações nas áreas rurais.
Ao mesmo tempo, os representantes dos países reafirmaram a necessidade de avançar na medição da pobreza pela renda e com um enfoque multidimensional, assim como a participação da região na estratégia de melhora das estatísticas agrícolas e rurais e nos avanços na elaboração de um diagnóstico sobre a medição do emprego, desemprego, subemprego e trabalho decente.
"Os sistemas de estatísticas dos países da América Latina e do Caribe cumprem um papel central. Hoje enfrentam desafios quanto a áreas e temáticas, qualidade dos dados, oportunidade da produção e difusão", declarou Alicia Bárcena.
"Devemos reconhecer, entretanto, que é ainda longo o caminho que as estatísticas oficiais na região deve percorrer, para satisfazer as demandas de informação. Alguns países continuam enfrentando dificuldades em relação a recursos financeiros ou humanos e existe ainda uma insuficiente compreensão de sua relevância para a gestão e o planejamento público", acrescentou a Secretária Executiva da CEPAL.
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