Comunicado de imprensa
(23 de outubro de 2012) As entradas de investimento estrangeiro direto (IED) para 17 países da região aumentaram 8% durante o primeiro semestre de 2012 em relação a igual período de 2011, totalizando 94,331 bilhões de dólares, afirmou hoje a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).
Ao mesmo tempo, os investimentos de empresas latino-americanas no exterior, as denominadas translatinas, registraram um forte aumento de 129% nos primeiros seis meses do ano.
O aumento das entradas de IED explica-se pela estabilidade e pelo dinamismo econômico na maioria dos países e pelos altos preços das matérias primas, que continuam incentivando o investimento na mineração e hidrocarbonetos, particularmente na América do Sul.
O panorama geral dos fluxos de IED para a região apresenta certo nível de heterogeneidade, com quedas em vários países. Entretanto, o forte aumento dos investimentos no Chile, na Argentina, na República Dominicana, no Peru e na Colômbia faz com que o resultado global seja positivo. A isto soma-se a relativa estabilidade dos fluxos para o Brasil (que registraram uma leve queda de 2%), país que representa 46% do IED recebido pela região em 2012 e que se confirma como o principal destino na América Latina e no Caribe.
O Chile também consolida-se como importante receptor de IED: no primeiro semestre do ano foi o segundo destino mais relevante na região.
O México recebeu, durante os primeiros seis meses do ano, 19% menos de IED que no ano anterior. Esta tendência será revertida durante o segundo semestre, quando se contabilizem os 20,100 bilhões de dólares que a cervejaria belga AmBev pagou pelo Grupo Modelo. Esta mesma empresa adquiriu durante a primeira metade do ano a Cervejaria Nacional Dominicana (CDN), por 1 bilhão de dólares. Esta transação explica o forte aumento dos fluxos na República Dominicana, principal receptor no Caribe.
Na América Central, o Panamá e a Costa Rica receberam fluxos a níveis similares ao ano anterior. A Guatemala registrou um aumento de 47%, enquanto em El Salvador e Nicarágua as entradas caíram 60% e 20%, respectivamente, em relação ao primeiro semestre de 2011, quando as entradas, em ambos os casos, foram excepcionalmente altas.
A CEPAL considera que até o final de 2012 as entradas de IED para a região manterão em seu conjunto, as tendências mencionadas, confirmando as estimativas de um aumento moderado, realizadas em maio.
Por sua parte, o significativo aumento dos investimentos das translatinas, que registraram uma queda em 2011, deve-se principalmente às empresas do México e Chile, que realizaram, no primeiro semestre investimentos no exterior por 11,499 e 10,239 bilhões de dólares, respectivamente, quantidade similar à investida durante todo o ano de 2011.
As translatinas do Brasil seguem a tendência evidenciada em 2011, com importantes transferências desde as filiais no exterior para suas casas matrizes, que originam um saldo negativo no IED no exterior.
A informação de 2012 confirma que o processo de internacionalização empresarial continua muito concentrado em poucos países e setores, o que resulta em um elevado nível de volatilidade dos fluxos agregados ao longo do tempo. Pese a isto, desde meados da década passada consolida-se um processo de aumento das atividades no exterior por parte das translatinas.
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