Comunicado de imprensa
(18 de novembro de 2010) Fazer frente à instabilidade financeira internacional mediante mecanismos multilaterais é fundamental para evitar que amplos segmentos da população da Região, que ainda são vulneráveis à volatilidade extrema e às crises, caiam novamente na pobreza ou miséria, afirmou Antonio Prado, Secretário Executivo Adjunto da CEPAL.
Prado apresentou a edição em português do relatório da CEPAL A Hora da igualdade. Brechas por fechar, caminhos por abrir, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, Brasil, para um público formado por professores e especialistas em desenvolvimento de 50 universidades brasileiras.
Indicou também que para manter uma mobilidade social sustentada na América Latina e no Caribe é necessário anos de crescimento robusto e uma melhora da dinámica do mercado de trabalho com convergência produtiva.
Por sua vez, Ricardo Bielschowsky, Diretor a.i. do Escritório da CEPAL no Brasil, destacou o fato de que o documento representa a tradição analítica da instituição, iniciada en 1949 e fundamentada no método histórico estrutural.
Acrescentou que o relatório procura dar continuidade à referida tradição ao recomendar, por exemplo, um enfoque heterodoxo em matéria de política macroeconômica (harmonia entre crescimento e estabilidade, políticas cambiais pró-competitividade e políticas anticíclicas), assim como políticas de diversificação produtiva e de redução da brecha internacional de produtividade.
A apresentação realizou-se na quinta-feira, 11 de novembro em uma sessão especial do I Encontro Nacional de Professores de Desenvolvimento Econômico, promovido conjuntamente pela CEPAL, pela UFRGS e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
A Hora da igualdade. Brechas por fechar, caminhos por abrir foi o documento principal do XXXIII Período de sessões da CEPAL, realizado en Brasília, em maio de 2010.
A publicação faz uma análise da situação econômica da América Latina e do Caribe, apresenta os impactos da recente crise mundial e principalmente propõe um novo caminho para a Região no atual cenário pós- crise. Em especial, a CEPAL enfatiza a igualdade de direitos como uma forma de apoiar um novo paradigma de desenvolvimento.
O estudo identifica as principais brechas que a Região deve enfrentar ao buscar caminhos para o seu desenvolvimento. Entre esas brechas destaca-se a brecha produtiva, ou seja, o diferencial entre a produtividade e a competitividade da Região diante de outras regiões do mundo, na geração e incorporação de progreso técnico e de empregos de qualidade.
Outra brecha identificada é a territorial, onde as disparidades regionais existentes dentro dos países da Região, demonstram a necessidade de estabelecer políticas para distribuir geograficamente os ganhos do desenvolvimento.
Uma terceira brecha é a social, que é mensurada pelas desigualdades de renda, mas reflete amplas diferenças no acesso à direitos básicos pela população.
Em todas as diferentes brechas estudadas há um papel para o Estado, que é refletido em suas políticas públicas e econômicas, entre elas as relacionadas com os aspectos macroeconômicos, fiscais, proteção social e de regulação de mercados.
A edição em português do estudo foi publicada pela CEPAL com o apoio do IPEA.
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