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A CEPAL mantém sua previsão de crescimento para a América Latina e Caribe de 3,7% em 2012

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14 de junho de 2012|Comunicado de imprensa

No primeiro trimestre do ano a região continuou crescendo apesar de um cenário externo adverso.

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De izquierda a derecha, Jürgen Weller, Oficial de Asuntos Económicos de la CEPAL, Juan Alberto Fuentes, Director de la División de Desarrollo Económico del organismo, Antonio Prado, Secretario Ejecutivo Adjunto y María Amparo Lasso, Jefa de la Unidad de Información Pública y Servicios Web.
De izquierda a derecha, Jürgen Weller, Oficial de Asuntos Económicos de la CEPAL, Juan Alberto Fuentes, Director de la División de Desarrollo Económico del organismo, Antonio Prado, Secretario Ejecutivo Adjunto y María Amparo Lasso, Jefa de la Unidad de Información Pública y Servicios Web.
Foto: Carlos Vera / CEPAL

(14 de junho de 2012) A América Latina e o Caribe moderaram, nos primeiros meses de 2012, a desaceleração de seu crescimento econômico observada no segundo semestre de 2011, apesar de uma alta incerteza e volatilidade no contexto externo, afirmou hoje a CEPAL em um novo informe.

De acordo com o Informe macroeconômico da América Latina e do Caribe, junho de 2012  a CEPAL mantém sua previsão de crescimento para a região de 3,7% para o ano completo, tendo alcançado uma taxa de 4,3% em 2011.

O organismo das Nações Unidas prevê também que o impacto da atual crise financeira européia, assim como a desaceleração da China e a positiva,  porém baixa expansão dos Estados Unidos, serão diferenciados nos países, de acordo com a importância relativa dos mercados de destino de suas exportações e sua estrutura exportadora.

Neste informe da CEPAL, o primeiro de uma nova série de estudos que examinará periodicamente o comportamento macroeconômico da região, projeta que as economias com maior crescimento serão: Panamá (8,0%) e Haiti (6,0%), seguidas do Peru (5,7%), Bolívia (5,2%) e Costa Rica (5,0%). A Venezuela crescerá 5,0%,  enquanto o Chile registrará uma expansão de 4,9%, o México 4,0%, a Argentina 3,5% e o Brasil 2,7%.

Durante o primeiro trimestre do ano se deteve e inverteu parcialmente a tendência à desaceleração observada por vários países em 2011.  Em relação ao mesmo período do ano anterior houve aumentos significativos da taxa de crescimento no Peru, no Chile e na Venezuela e um leve aumento  no México, enquanto a desaceleração da economia brasileira observada durante 2011 se interrompeu. 

O crescimento foi menor que no início de 2011 na Argentina, na Colômbia e na Guatemala, mas somente o Paraguai experimentou uma taxa negativa durante este primeiro trimestre de 2012.  Já a  informação disponível para os países do Caribe sugere que sua recuperação tardia, diante da crise de 2008-2009, começou a refletir-se em taxas modestas de crescimento em 2011, tendo subido no primeiro trimestre de 2012.

Nestos primeiros meses de 2012 o crescimento esteve associado ao aumento da demanda interna. O setor de serviços, particularmente o comércio, manteve-se como um dos mais dinâmicos. O consumo privado explica a maior parte do aumento do produto interno bruto (PIB) da região, com base em uma favorável evolução do emprego e dos salários, juntamente com a contínua expansão do crédito e, no caso de alguns países, o aumento das remessas provenientes principalmente dos Estados Unidos.

Neste período a inflação manteve sua tendência de queda e acumula, até abril de 2012, uma variação anual de 5,5%, em comparação com taxas de 6,7% e 7%,  de  março e dezembro de 2011, respectivamente. 

A queda nos preços dos principais produtos básicos de exportação provocou uma desaceleração do valor das exportações da região durante o primeiro trimestre de 2012. A taxa de variação interanual das exportações passou de um máximo de 29,3% no segundo trimestre de 2011 para 10,4% no primeiro trimestre de 2012. Isto contribuiu para que as vendas para os países europeus sofressem uma importante deterioração desde o início de 2011, diante da crise da dívida que afeta esta região e a consequente diminuição de sua atividade econômica.

A CEPAL prevê que a relativa desaceleração do crescimento econômico mundial esperada para 2012 fará com que o comércio internacional da região aumente a taxas menores que em 2011. As exportações crescerão 6,3% este ano, enquanto o dinamismo da demanda interna poderá incidir em um crescimento maior, de 10,2% das importações. Com isto, o superavit comercial passará de 1,3% do PIB em 2011 para 0,7% em 2012.

O informe adverte que a possibilidade de um cenário externo mais adverso para 2012-2013 não deve ser descartada. Acontece que isto poderia significar uma interrupção dos fluxos financeiros para a região e  a suspensão de linhas de crédito bancárias no exterior, com consequência de queda nos mercados de valores e a depreciação das moedas, além de uma redução das exportações e do investimento.

O relatório indica que a região em geral conta com suficiente espaço fiscal - ainda que na maior parte dos países seja menor que o existente antes da crise de 2008-2009 - para realizar uma política contracíclica que contenha os efeitos imediatos da crise sobre suas economias, à exceção de vários países do Caribe. 

"Diante de uma piora do cenário externo, em vários casos existem condições para empreender ações sem  afetar a sustentabilidade das finanças públicas e externas e assim amenizar suas consequências para o crescimento. Em outros, é possível que se requeira apoio financeiro externo dos organismos regionais e multilaterais, para evitar um agravamento do desemprego e da pobreza", finaliza o informe.

 

Ver também:

 

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No Brasil entrar em contato com: Pulcheria Graziani - E-mail: pulcheria.graziani@cepal.org - Telefones: (61) 3321-3232 ou (61) 9976-8030.

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