Autoridades instam a aprofundar a cooperação regional para atender a crescente demanda de informação estatística oportuna e de qualidade

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A Vigésima Primeira Reunião do Comitê Executivo da Conferência Estatística das Américas (CEA) foi realizada na sede central da CEPAL em Santiago, Chile.

Representantes dos institutos nacionais de estatística da América Latina e do Caribe instaram hoje a aprofundar a cooperação estatística no âmbito regional e internacional para atender a crescente demanda de dados e informação oportuna e de qualidade para uma recuperação sustentável e igualitária, durante a abertura da Vigésima Primeira Reunião do Comitê Executivo da Conferência Estatística das Américas (CEA) da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

No encontro intergovernamental, realizado na sede central da CEPAL em Santiago, Chile, participam 28 Estados membros e quatro membros associados, além de representantes das agências, fundos e programas das Nações Unidas, de organismos intergovernamentais e da academia.

A Conferência foi aberta por Rolando Ocampo, Diretor da Divisão de Estatísticas da CEPAL; Marco Lavagna, Diretor do Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC) da Argentina, país que exerce a Presidência da Conferência Estatística das Américas da CEPAL; e Stefan Schweinfest, Diretor da Divisão de Estatística das Nações Unidas.

Em seu discurso de abertura, Rolando Ocampo agradeceu aos países membros a vocação de trabalho colaborativo e iniciativa para gerar produtos úteis para a região mediante as ações dos grupos de trabalho e outros mecanismos complementares.

Além disso, referiu-se aos temas centrais que marcaram o curso da reunião: os avanços recentes na implementação de censos de população e habitação e os desafios estatísticos para a medição do desenvolvimento, entre outros.

Nesse sentido, destacou que os censos estão entre as operações estatísticas mais importantes que um país pode realizar e uma fonte de informação essencial para as políticas públicas e para inúmeras operações estatísticas que utilizam os insumos fornecidos pelos censos.

Assinalou que, apesar de sua importância, não foi simples implementar a rodada censitária mais recente, já que as dificuldades logísticas e financeiras causadas pela pandemia de COVID-19 exigiram adiamentos no levantamento e reformulação dos processos necessários.

Por isso, disse, “consideramos que este é um excelente momento para ter uma conversa sobre as experiências e aprendizagens obtidas, que possam servir como referência para os processos que estão em andamento e nos ajudem a visualizar da melhor maneira o caminho para a continuidade dos censos no futuro”.

O Diretor da Divisão de Estatísticas da CEPAL abordou também a medição do desenvolvimento e sublinhou que, embora o PIB tenha sido amplamente utilizado como indicador do desenvolvimento dos países, este não é o propósito para o qual foi concebido. Portanto, não reflete adequadamente aspectos desejáveis do desenvolvimento sustentável, como a sustentabilidade ambiental, as desigualdades sociais ou o respeito aos direitos humanos.

Marco Lavagna, Diretor do INDEC da Argentina, afirmou que a pandemia de COVID-19 apresentou grandes desafios para continuar a produção e difusão das estatísticas, o que permitiu acelerar processos que talvez tivessem demorado muitos anos mais, como a incorporação de novas tecnologias.

“A pandemia nos obrigou a ser mais flexíveis e adaptáveis”, expressou; e destacou a relevância da cooperação e o intercâmbio entre os escritórios de estatística dos países da região.

Stefan Schweinfest, Diretor da Divisão de Estatística da ONU, ressaltou que cada crise é uma oportunidade e os desafios são grandes.

“A demanda por bons dados e informação cresce a cada dia. Estamos no caminho rumo à recuperação da pandemia de COVID-19 e em meio à guerra na Ucrânia e enfrentamos enormes desafios, como a mudança climática”, assinalou.

Durante a Vigésima Primeira Reunião do Comitê Executivo da Conferência Estatística das Américas da CEPAL, as autoridades revisaram as experiências recentes na realização dos censos de população nos países da região e analisaram as perspectivas dos países que estão perto de realizá-lo.

Também examinaram o progresso na execução do Programa Bienal de Atividades de Cooperação Regional e Internacional 2022-2023.

No âmbito do encontro realizou-se um seminário sobre a medição do desenvolvimento Além do PIB, no qual foram abordados os diversos desafios estatísticos relacionados com a melhoria da medição do PIB e a produção de indicadores complementares para avaliar o desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Além disso, foi apresentado o documento “Romper o silêncio estatístico para alcançar a igualdade de gênero em 2030”, uma contribuição conjunta da Conferência Regional da Mulher e da Conferência Estatística das Américas para fortalecer a produção de informações sobre as desigualdades de gênero que, no que diz respeito ao âmbito estatístico, constituirá um insumo para a construção de guias metodológicos que contribuam para uma produção de estatísticas e indicadores de gênero com maior comparabilidade, relevância e oportunidade.

Além da Argentina na Presidência, o Comitê Executivo da Conferência Estatística das Américas para o biênio 2022-2023 foi integrado pelo Canadá, Colômbia, Granada, Itália, Jamaica e República Dominicana.

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