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Autoridades dialogam sobre o futuro da produção estatística na região e reafirmam sua relevância para responder às necessidades emergentes e aos desafios globais

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28 de agosto de 2024|Comunicado de imprensa

A vigésima terceira reunião do Comitê Executivo da Conferência Estatística das Américas da CEPAL começou hoje em Santiago do Chile.

Autoridades da América Latina e do Caribe dialogaram sobre o futuro da produção estatística na região e reafirmaram sua relevância para responder às necessidades emergentes e aos desafios globais, durante a vigésima terceira reunião do Comitê Executivo da Conferência Estatística das Américas da CEPAL (CEA-CEPAL), que começou hoje na sede central da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe em Santiago, Chile.

No encontro de dois dias participam representantes dos escritórios nacionais de estatística da região, de organismos regionais e internacionais e de agências, fundos e programas das Nações Unidas, entre outros atores.

A reunião foi aberta por José Manuel Salazar-Xirinachs, Secretário Executivo da CEPAL, Miosotis Rivas Peña, Diretora-Geral do Escritório Nacional de Estatística da República Dominicana, país que exerce a Presidência do Comitê Executivo da CEA-CEPAL, e Stefan Schweinfest, Diretor da Divisão de Estatística das Nações Unidas (virtual). Participaram também Luis Fidel Yáñez, Secretário da Comissão da CEPAL, e Rolando Ocampo, Diretor da Divisão de Estatísticas da CEPAL.

“A produção de informação deve ocupar um lugar central nas discussões de políticas públicas. Somente assim podemos assegurar que nossas decisões se baseiem em evidências sólidas e que nossos esforços pelo desenvolvimento sustentável sejam efetivos”, afirmou José Manuel Salazar-Xirinachs, Secretário Executivo da CEPAL, em seu discurso de abertura.

Acrescentou que a capacidade estatística é uma das capacidades técnicas, operacionais, políticas e prospectivas (TOPP) mais fundamentais das instituições, e sublinhou que dados precisos, atualizados e completos são cruciais para medir as lacunas e armadilhas do desenvolvimento e avaliar as políticas orientadas a fechar as lacunas e sair das armadilhas.

O máximo representante da CEPAL afirmou que os países da região enfrentam desafios significativos na produção de estatísticas oficiais, mas também existem valiosas oportunidades para fortalecer esta produção. Um dos desenvolvimentos mais promissores é a utilização de registros administrativos como fonte de informação, expressou.

José Manuel Salazar-Xirinachs sublinhou a relevância da Conferência Estatística das Américas, órgão subsidiário da CEPAL, “que constitui o principal espaço regional de colaboração para que os países e os organismos internacionais possam trabalhar de maneira conjunta na busca de soluções comuns para os desafios estatísticos”.

“O trabalho e as contribuições da Conferência Estatística das Américas progrediram notavelmente em diversas linhas de ação e é nosso desejo que estes avanços não só se mantenham, mas também se fortaleçam. Aspiramos a que o trabalho colaborativo entre os países, no âmbito desta conferência, continue sendo um pilar para robustecer a produção estatística e sua aplicação nas políticas públicas”, assinalou.

A Diretora-Geral do Escritório Nacional de Estatísticas da República Dominicana, Miosotis Rivas Peña, abordou os desafios que representam para a produção estatística da América Latina e do Caribe temas como o big data e a Inteligência Artificial. "Estes já encontraram um lugar em nossa agenda e requerem nosso compromisso e colaboração", disse.

Além disso, sublinhou que é crucial o fortalecimento da comunidade de mulheres líderes dos Escritórios Nacionais de Estatística. “A diversidade na liderança não só enriquece nossas perspectivas, mas também é essencial para abordar os desafios que enfrentamos no âmbito das mesmas”, enfatizou.

Stefan Schweinfest, Diretor da Divisão de Estatística da ONU, destacou que a região da América Latina e Caribe faz parte da comunidade global, que se caracteriza por nossos padrões que são nossa linguagem global comum, para que possamos estar de acordo de Leste a Oeste, de Norte a Sul.

“Quero agradecer a todos vocês não só por trabalharem dentro de sua região, mas também por serem membros muito ativos da comunidade global em diversos organismos e grupos de trabalho e na Comissão Estatística”, afirmou.

Durante a vigésima terceira reunião do Comitê Executivo da Conferência Estatística das Américas da CEPAL, representantes dos institutos nacionais de estatística da América Latina e do Caribe analisarão os avanços no programa de cooperação estatística no âmbito regional e internacional. Também analisarão os desafios regionais que devem ser abordados no novo Plano Estratégico 2026-2035 da Conferência Estatística das Américas e examinarão o avanço na execução do Programa Bienal de Atividades de Cooperação Regional e Internacional 2024-2025.

A Conferência Estatística das Américas é um órgão subsidiário da CEPAL e o principal fórum para a discussão do desenvolvimento das estatísticas na região. Seus mandatos principais são a promoção do desenvolvimento e melhoramento das estatísticas nacionais e sua comparabilidade internacional, bem como da cooperação internacional, regional e bilateral entre os escritórios nacionais e os organismos internacionais e regionais.

Além da República Dominicana na Presidência, o Comitê Executivo da CEA para o biênio 2024-2025 é integrado pela Argentina, Bahamas, Espanha, Granada, México, Peru e Uruguai.