![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
||||||||||||
![]() |
ESCRITÓRIOS REGIONAIS |
![]() |
![]() |
||||||||||||||
![]() |
![]() |
||||||||||||||||
Estudo avalia impacto da mudança climática
Embora a América Central produza pequenas quantidades de gases de efeito estufa (GEE) em comparação com outras regiões do mundo (tanto no âmbito global como em termos per capita), é uma das áreas do planeta mais vulneráveis aos desastres naturais causados por distúrbios climáticos. Um recente estudo elaborado pela Sede Sub-Regional da CEPAL no México indica que o custo da mudança climática para o setor energético da América Central poderia chegar a 68 bilhões de dólares, e até mais, dependendo do cenário que se considere. O documento Estudo setorial regional sobre energia e mudança climática na América Central investiga os potenciais impactos da mudança climática no setor de energia dos países centro-americanos, apresenta estimativas iniciais na produção hidroelétrica e inclui estimativas de mitigação de GEE derivadas de programas de eficiência energética e de maior participação de fontes renováveis de energia. Para fazer sua análise, os pesquisadores construíram cenários de muito longo prazo, que vão desde 2010 a 2100, para o desenvolvimento energético nos sete países que compõem a América Central (Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá). A partir desses cenários calcularam as emissões de GEI e avaliaram várias estratégias de mitigação. Concluem que a demanda de energia e o consumo per capita aumentarão neste período consideravelmente em cada um dos cenários macroeconômicos considerados no estudo (2,6%, 3,2% e 3,9% respectivamente, para cenários baixo, médio e alto). Advertem que a oferta de energia tem hoje uma forte dependência externa, situação que se acentua conforme começam a se esgotar as fontes autóctones. De acordo com o estudo, a energia hidráulica constitui a fonte energética autóctone mais importante para a geração de eletricidade na América Central. A sub-região conta com um potencial total de 22.000 megawatts (MW), dos quais até agora foram explorados somente 17%. O relatório prevê que a partir da metade do presente século se poderia chegar a um aproveitamento de 50% do potencial hidroelétrico. Todavia, a disponibilidade de hidroenergia será severamente afetada como resultado da mudança climática devido à diminuição e maior variabilidade dos regimes pluviais, sobretudo nos cinco países situados na parte norte do istmo. Por outro lado, a sub-região conta com um potencial geotérmico estimado em cerca de 3.000 MW, dos quais foram aproveitados apenas 15%, enquanto a informação sobre os recursos eólicos e solares é em geral incipiente e não permite realizar estimativas. O estudo da CEPAL agrega que as fontes renováveis de energia (FRE) e os programas e iniciativas de eficiência energética (EE) têm um alto potencial para a mitigação de GEE e redução do uso de combustíveis fósseis e emissões de GEE conexas. Contudo, adverte que é necessário realizar avaliações e ajustes periódicos para garantir o avanço e a sustentabilidade no desenvolvimento das FRE, bem como reforçar a institucionalidade e governabilidade dos programas de EE.
Finalmente, insiste na importância do setor do transporte, já que é
o maior consumidor de derivados do petróleo. Recomenda que a região
avance simultaneamente em diversas frentes, entre elas o
estabelecimento de políticas que privilegiem os meios menos
poluidores e mais eficientes do ponto de vista energético, como se
começou a fazer nas capitais dos países.
|
![]() |
|
![]() |