Descrição
Esta publicação apresenta e analisa as principais tendências do investimento estrangeiro direto (IED) nos países da América Latina e do Caribe.
Em 2017 aprofundaram-se algumas tendências no cenário econômico mundial que geraram um clima de incerteza para os investimentos transfronteiriços. Em particular, confirmaram-se anúncios de possíveis restrições comerciais e pressões para relocalizar a produção nos países desenvolvidos. Ao mesmo tempo, as autoridades da China tomaram medidas para restringir as saídas de investimento estrangeiro direto (IED), a fim de ajustá-las ao plano estratégico do país. A esses elementos deve-se acrescentar a expansão das empresas digitais, que requerem um menor investimento em ativos tangíveis para crescer em escala internacional e estão fortemente concentradas nos Estados Unidos e China, o que diminui a necessidade de fusões e aquisições transfronteiriças.
Estes aspectos contribuem para explicar a queda do IED mundial em 2017, apesar de um contexto internacional caracterizado por um maior crescimento da economia mundial (3,2%), elevada liquidez internacional, altos lucros para as grandes empresas e otimismo nos mercados financeiros. Neste contexto internacional, em 2017 os fluxos de IED na América Latina e no Caribe diminuíram pelo quarto ano consecutivo, para 161,673 bilhões de dólares, cifra 3,6% menor que a registrada no ano anterior e 20% abaixo do volume recebido em 2011.