Pular para o conteúdo principal
Available in EnglishEspañolPortuguês

Jovens da região apresentam iniciativas para erradicar a pobreza infantil com vistas ao cumprimento da Agenda 2030

9 de dezembro de 2016|Notícias

No âmbito do projeto Concausa, sessenta jovens de entre 15 e 17 anos, expuseram interessantes propostas de inovação social.

Sessenta jovens, provenientes de onze países da América Latina e do Caribe, apresentaram em Santiago do Chile inovadoras propostas sociais para a erradicação da pobreza infantil com vistas ao cumprimento da Agenda 2030 para el Desarrollo Sostenible.

Os jovens, com idades entre 15 e 17 anos, formam parte do projeto Concausa, uma iniciativa da Fundação América Solidária, com o apoio da CEPAL e do UNICEF, que busca conhecer e difundir propostas de inovação social que jovens da região vêm desenvolvendo em suas comunidades vinculadas ao combate à fome, igualdade de gênero, ao fim da pobreza e à educação de qualidade, entre outras.

Concausa foi lançado em setembro recém-passado e recebeu cerca de 250 postulações com propostas de jovens de todos os países do continente.

Os gestores dos 15 projetos selecionados, oriundos da Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Haiti, México, Paraguai, Peru e Uruguai, viajaram a Santiago do Chile para participar de um encontro, entre 20 e 26 de novembro, no qual participaram de oficinas e atividades orientadas a potencializar e desenvolver suas habilidades, e a transformar sua maneira de encarar e relacionar-se com o mundo.

A semana culminou com a apresentação de suas iniciativas num seminário na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), que foi inaugurado pelo Secretário Executivo Adjunto do organismo regional das Nações Unidas, Antonio Prado e o Presidente Executivo de América Solidária, Benito Baranda.

Intervieram também a Representante do UNICEF no Chile, Hai Kyung Jun, e o Embaixador da Suécia, Jakob Kiefer.

Após a cerimônia, os próprios jovens elegeram como os melhores projetos aqueles apresentados pelas equipes da Colômbia, Haiti e Peru.

O primeiro deles, intitulado “Semillas de paz para la no violencia” (Sementes de paz para a não violência, em português), contribui à erradicação da pobreza formando crianças como futuros líderes gestores de paz e sã convivência, em sua comunidade e com o meio ambiente, em quatro setores do município de Villasantana de Pereira, Colômbia.

O segundo, denominado “Acabemos con el hambre” (Acabemos com a fome, em português), visa a brindar formação sobre a produção de hortos familiares e comunitários com bases agroecológicas no município de Croix des Bouquets, no Haiti, particularmente a famílias com alta vulnerabilidade que vivem na zona de Lillavois.

A última iniciativa, por sua vez, corresponde ao trabalho com crianças menores de três anos que vivem junto a suas mães na penitenciária de mulheres de Trujillo, no Peru.

Segundo cifras da CEPAL, embora a região tenha mostrado avanços concretos na última década em matéria de redução da pobreza infantil, quatro de cada dez crianças ainda vivem em situação de pobreza e 16,7% o fazem em condições de pobreza extrema.

Neste cenário, em palavras de Antonio Prado, é urgente que os governos aloquem mais recursos para promover os direitos da infância, assegurem um entorno protetor, aumentem a provisão e a qualidade dos serviços e ampliem os sistemas de proteção social, animados pela lógica de estabelecer a titularidade universal de direitos.