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Aumentam os fluxos de capital para a América Latina e o Caribe no primeiro semestre de 2014

1 de setembro de 2014|Notícias

As vendas internacionais de títulos da região alcançaram um recorde semestral de US$84 bilhões na primeira metade do ano, segundo um novo relatório do Escritório da CEPAL em Washington, D.C.

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Foto: Barbara Walton/EFE

As vendas internacionais de títulos da região alcançaram um recorde semestral de US$ 84 bilhões no primeiro semestre de 2014, superando a marca anterior estabelecida no segundo semestre de 2013 por quase US$ 21 bilhões, segundo cálculos da CEPAL com base em dados de LatinFinance e outras fontes do mercado.

Segundo o relatório Fluxos de capital para a América Latina e o Caribe: tendências recentes (em Inglês), preparado pelo Escritório da CEPAL em Washington, D.C., as vendas no primeiro semestre do ano representaram um aumento de 41% m relação ao volume emitido no mesmo período de 2013 e de 32% em relação ao do segundo semestre do ano passado. O valor médio de cada emissão, US$ 740 milhões de dólares, também foi o registro histórico mais alto.

O estudo descreve como o capital internacional voltou a inundar os mercados da América Latina e do Caribe em 2014.

Incluindo julho, a emissão de dívida total da região chegou a US$ 97 bilhões, em comparação com US$ 69 bilhões no mesmo período em 2013. O aumento foi alcançado na medida em que os mutuários aproveitaram os baixos custos de endividamento para vender novos títulos e refinanciar a dívida pendente através da gestão de passivos.

De acordo com o relatório, a escassa volatilidade e a aversão ao risco prevaleceram na maioria dos mercados financeiros desde o fim de janeiro, quando um aumento da volatilidade, seguido de uma correção nos preços dos ativos, surpreendeu os mercados. Enquanto as notícias de um mercado de trabalho mais robusto nos Estados Unidos deram origem a discussões sobre quando e quanto a Reserva Federal (banco central dos EUA) subirá as taxas de juros em 2015, no primeiro semestre de 2014 os investidores se comportaram como se o ambiente de baixo rendimento fosse continuar vigente.

O aumento dos fluxos de capital foi apoiado pela diminuição da volatilidade global e da aversão ao risco desde o fim de janeiro, aumentando o preço dos ativos. No entanto, a baixa volatilidade global provocou preocupação, já que os atores do mercado poderiam estar cada vez mais complacentes com os riscos posteriores que podem aparecer.

A Reserva Federal confirmou que seu programa de flexibilização quantitativa terminará em outubro de 2014. Isto constitui o último e mais firme sinal de que a política monetária está mudando de direção. A grande pergunta para os mercados emergentes é quão súbito e rápido será o aumento das taxas de juros, explica o documento.

O estudo acrescenta que existe um risco de instabilidade nos mercados financeiros no próximo ano se a taxa de referência da Reserva Federal subir antes e mais rápido do que o esperado, o que pode afetar o acesso da América Latina e do Caribe aos mercados internacionais de capital. Se isto suceder, os investidores poderiam buscar maiores taxas de juros e ativos mais seguros nas economias avançadas, o que desencadearia uma saída de capitais da região.