![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
![]() |
TITULARES |
![]() |
![]() |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
![]() |
![]() |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Mais de 60% da terra em alguns países poderá estar degradada em
2100
A degradação das terras – ou perda de produtividade biológica e
econômica dos solos – está afetando uma boa parte da região. Ela
ocorre lentamente e seus efeitos se manifestam geralmente no longo
prazo, mas a deterioração é irreversível ou muito difícil de
recuperar. A este fenômeno se associam movimentos migratórios
importantes, tanto produtivos como humanos.
1 Um cenário desfavorável. Ver o 4º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática. A destruição da cobertura vegetal e, em especial, o desmatamento pela exploração madeireira e agrícola emitem gases de efeito estufa (GEE). Juntamente com o setor energético, mudanças nos padrões de uso do solo estão entre as principais fontes emissoras na América Latina e Caribe. O aumento das temperaturas e as mudanças nas precipitações produzidos pelo aumento das emissões de GEE afetam a produtividade e os processos de degradação das terras, por exemplo, ao aumentar a aridez e o número de meses de seca (relação entre precipitações e evapotranspiração), a concentração das precipitações durante o ano e sua intensidade. O solo fica exposto à erosão provocada pelo vento e a água, entre outros fatores. As estimativas do projeto regional “O custo econômico da degradação das terras em diferentes cenários de mudança climática” da CEPAL e do Mecanismo Mundial da Convenção da ONU de Combate à Desertificação mostram um aumento das temperaturas com redução do incremento das precipitações já existentes – tendências que se aprofundarão até o final do século, especialmente nas novas fronteiras agrícolas, devido ao desmatamento, à introdução da pecuária e à abertura de novas terras para cultivos de exportação de alta rentabilidade. Os estudos sobre a vulnerabilidade à degradação pela mudança climática que estão sendo realizados na região (Estudos Regionais da Economia da Mudança Climática, RECCs) apontam as áreas mais afetadas. Entre elas, destacam-se as zonas de fronteira agrícola em sistemas ecológicos de alta fragilidade como as selvas das vertentes amazônicas da Colômbia, Equador e Peru, onde o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a mineração aurífera informal provocam severos processos de degradação. No Equador, a mudança climática afetará marginalmente as áreas degradadas na primeira metade do século XXI, pois apenas 6,69% delas estarão expostas a uma maior agressividade das precipitações em 2050, e 19,27% sofrerão maior pressão durante os meses de seca. Em contraste, 8,42% das terras degradadas terão uma diminuição em sua aridez; mas isto não significa que a degradação se manterá estável no Equador. Significa que, na primeira metade do século, o processo e a tendência terão como principal causa as atividades humanas. De fato, na segunda metade do século, é de se esperar que a degradação direta seja somada à provocada pela mudança climática. Até o final do século no Paraguai, inclusive na região do Chaco, as temperaturas e as precipitações sofrerão aumento, e sua forte sazonalidade agravará sua vulnerabilidade à erosão e à degradação. No norte do Peru, a aridez diminuirá devido ao aumento das precipitações, mas como no caso anterior, sua marcada sazonalidade e concentração em poucos meses aumentará sua vulnerabilidade à degradação. No Chile, entre 2008 e 2050, as áreas hiperáridas, áridas e semiáridas se expandirão devido ao aumento das temperaturas e à diminuição das precipitações, o que aumentará a vulnerabilidade de boa parte do território. Como consequência, a principal zona de cultivos se deslocará para o sul do país, o que implicará em novos investimentos em irrigação, por exemplo, para as atuais áreas de cultivo e para viabilizar a produção em novas áreas. Nos mapas do Peru e da Bolívia, pode-se perceber que, entre 2008 e 2100, haverá um aumento no número de meses de seca, ao mesmo tempo em que a aridez diminuirá devido ao aumento das precipitações. De fato, a vulnerabilidade das terras à degradação aumentará porque as chuvas se concentrarão em um período menor. Um processo adequado de adaptação a estes impactos requer um horizonte de análise superior a 50 anos, para que as consequências econômicas da mudança climática sejam mais claramente demonstradas. A localização dos impactos também é crucial, e requer um grande esforço científico para detalhar a informação climática, difundir as análises e reordenar as políticas de planejamento de longo prazo. Para maiores informações, consulte a biblioteca eletrônica de mudança climática, disponível na página da Divisão de Desenvolvimento Sustentável e Assentamentos Humanos da CEPAL. *pela Divisão de Desenvolvimento Sustentável e Assentamentos Humanos da CEPAL
|
![]() |
|
![]() |